quarta-feira, 5 de maio de 2010

HUMILDADE x ORGULHO

Humildade. Esta palavra é muito usada, mas nem todas as pessoas conseguem entender o seu Verdadeiro significado. O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente. Assim, uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e deixar brotar no solo fértil da sua alma, a boa semente. A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria, e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice. A humildade é a mais nobre de todas as virtudes pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.
O contrário de humildade é orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende. O orgulhoso é soberbo, julga-se superior e esconde-se por trás da falsa humildade ou da tola vaidade. Alguns exemplos talvez tornem mais claras as nossas reflexões. Quando, por exemplo, uma pessoa humilde comete um erro, diz: "eu me equivoquei", pois sua intenção é de aprender, de crescer. Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz: "não foi minha culpa", porque se acha acima de qualquer suspeita. A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e por essa razão tem mais tempo. Uma pessoa orgulhosa está sempre "muito ocupada" para fazer o que é necessário. A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas. A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências. Uma pessoa humilde se compromete e realiza. Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita. A pessoa humilde diz: "eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser". A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos. A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr-lhes defeitos. O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação. O orgulhoso não colabora, e sempre diz: "eu faço o meu trabalho". Uma pessoa humilde diz: "deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir". A pessoa orgulhosa afirma: "sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo". A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos, o orgulhoso as guarda para si mesmo, porque teme a concorrência. A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores.
Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade. O orgulhoso se diz céptico, por achar que não pode haver nada no universo que ele desconheça, o humilde reverencia ao criador, todos os dias, porque sabe que há muitas verdades que ainda desconhece. Uma pessoa humilde defende as ideias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham. A pessoa orgulhosa defende sempre suas ideias, não porque acredite nelas, mas porque são suas.
Enfim, como se pode perceber, o orgulho é grilhão que impede a evolução das criaturas, a humildade é chave que abre as portas da perfeição.
Você sabe por quê o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso? É porque foi humilde o bastante para colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios. Sabendo receber, tornou-se grande. Se quisesse ser o primeiro, se quisesse ficar acima de todos os rios, não seria mar, seria uma ilha. E certamente estaria isolado.

*autor não citado

GUIAS DE LEI

SE EU ME AFASTAR DO CENTRO DE UMBANDA, MEUS GUIAS VÃO SE VOLTAR CONTRA MIM E FECHAR MEUS CAMINHOS?


Olá meus irmãos, que os Orixas nos cubram com suas 7 luzes sagradas

O tema acima abordado gera ainda nos dias de hoje muita discussão, pois escutamos de alguns irmãos que visitam nossa casa que foram em determinado centro e infelizmente o dirigente desta casa lhes informou que "sua vida estava andando para trás, pois seus guias haviam se voltado contra o mesmo por ele ter abandonado o terreiro",isso quando esta informação parte de pessoas ditas trabalhadoras de centros Umbandistas.
Isso infelizmente mostra que falta dentro de nossa religião, estudo, doutrina e acima de tudo BOM SENSO.
Quando falamos sobre "guias de umbanda" podemos de forma simples nos referir a "trabalhadores do mais alto" que militam na lei de Umbanda e que se até nós se dirigem, isso se dá para que também nós possamos aprender e evoluir.
Não podemos tropeçar na vida e desejarmos ensinar alguém a andar, o que desejo dizer é que estes espíritos seja da linha a que pertençam, são seres de luz, evoluídos e associar "vingança" aos mesmos é algo totalmente fora de cogitação, mostrando total despreparo do médium ou dirigente que desta forma se refere aos guias, como se eles fossem espíritos ignorantes.
Nós como seres em evolução ainda associamos um terreiro como "uma tenda de milagres" onde depositamos nossos problemas nas mãos dos guias e esperamos que eles resolvam aquilo que é de nossa responsabilidade o que de forma alguma existe.
Movidos pelo nosso ego ferido e orgulho quando percebemos que toda mudança externa requer talharmos nossos defeitos interiores procuramos um culpado para fugirmos desta responsabilidade e o guia, o terreiro e o dirigente sérios sempre pagam o pato.
Nos afastamos e nossa vida não anda pra frente simplesmente porque nosso interior esta em desajuste e enquanto não arrumamos isso as coisas tendem a dar errado. Lembramos aqui da lei de afinidade e nossos inimigos por questão de vibração se ligam a nós atuando para que tudo a nossa volta de errado e noa afã de nos desviar de um caminho de luz, nos levam a casas onde impera a indisciplina e o comércio do sagrado, onde dirigentes e muitas vezes médiuns despreparados atuando dentro de um animismo nos informam que "nossos guias estão fechando os nossos caminhos" atraindo-nos para uma armadilha onde se desenvolverá um grande processo obsessivo.
Meus irmãos guia não vem em terra para resolver problemas de ninguém, pois nós devemos aprender a sermos responsáveis pelos nossos atos. A função de um guia é "orientar" e não "assumir" e militando dentro da lei e da justiça divina jamais nos prejudicariam, pois os mesmos aprenderam a respeitar a lei do livre arbítrio. Acreditar que um guia de lei nos prejudicaria é menosprezarmos os fundamentos sagrados de nossa Umbanda.

GUIA DE LEI NÃO LHE PERSEGUE, O QUE LHE PERSEGUE É SUA CONSCIÊNCIA
GUIA DE LEI NÃO LHE PREJUDICA, O QUE LHE PREJUDICA É SUA IGNORÂNCIA ESPIRITUAL
GUIA DE LEI NÃO FECHA OS SEUS CAMINHOS, VOCÊ JOGA FORA AS OPORTUNIDADES QUE LHE SÃO OFERTADAS
GUIA DE LEI NÃO FACILITA AS COISAS, TUDO O QUE CONQUISTAMOS VEM DE NOSSO ESFORÇO E MERECIMENTO

Esperamos ter contribuído para o esclarecimento de todos e encerramos este texto com as palavras do saudoso CABOCLO MIRIM

Umbanda é coisa séria, pra gente séria

Com votos de muita luz a todos

Pai Géro
Sacerdote de Umbanda

LUXO NA UMBANDA?

NECESSIDADE ESPIRITUAL OU VAIDADE DO(S) MÉDIUM(NS)?

Vamos refletir sobre: "necessidade x vaidade x humildade".
-Não está acontecendo um exagero de vaidade na Umbanda (não da religião, mas dos adeptos)? Entre muitos aspectos, podemos citar como exemplo a vestimenta e os paramentos:quando o médium tem uma entidade ou outra que usa um apetrecho de trabalho (um chapéu,um lenço, uma bengala ou mesmo outro elemento), nota-se que a necessidade desse material é do guia, ou seja, aquele espírito usa o chapéu, o lenço etc. para realizar seu trabalho, dentro do seu fundamento. Mas, quando TODAS as entidades que trabalham com o mesmo médium,ou todas do mesmo terreiro (mesmo em médiuns diferentes) precisam se paramentar, não seria mais coisa do(s) médium(ns), na maioria das vezes semi-consciente(s), do que do(s) espírito(s) atuante(s)? Na internet, revistas e jornais, podemos ver com facilidade, fotos em que o mesmo médium (ou todos do terreiro), quando incorporado(s) apresenta(m)-se da seguinte forma: o baiano está vestido de cangaceiro, com falangeiros de seu Zé Pelintra (não concordo com o termo “linha de malandros”, usado pelos umbandistas mais novos) usa terno, bengala e chapéu, o boiadeiro parece um capataz ou um coronel fazendeiro, o caboclo se veste imitando um índio (já que o de modo geral, os artigos encontrados, como cocares, não são genuinamente indígenas, e muitos não têm nenhuma semelhança aos paramentos que eram utilizados pelos povos ancestrais de nosso continente, ou mesmo pelos índios atuais), o Ogum veste roupa de soldado romano e tem uma linda espada (se possível, cravejada de brilhantes), o erê traja roupas infantis (macacãozinho, vestidinho colorido etc), o cigano com vestes características do povo (e lógico, quanto mais colorido, melhor), o Exu usa capa, tridente e cartola, o marinheiro usa uma “farda” como se fosse um autêntico capitão da marinha americana, etc. Isso quando não resolvem por um “trono” no meio do terreiro, colocando a entidade numa posição de rei dentro da casa (já existem tronos especialmente confeccionados para Exus e que são vendidos aos “olhos da cara” nas casas de artigos religiosos). O que vocês acham? Será que existem mesmo médiuns ou casas onde TODAS as Entidades atuantes precisam se paramentar? Seria coincidência esses espíritos escolherem, todos ao mesmo tempo, esse médium ou essa casa, para se paramentar? Isso não seria contrário ao principal lema da Umbanda: “HUMILDADE e SIMPLICIDADE”- tão ensinado pelos nossos sábios Pretos-Velhos? A roupa branca (símbolo de igualdade), aos poucos estaria deixando de ser a FARDA dos soldados do exército do Pai Oxalá, já que até em dias de giras comuns estão usando roupas cada vez mais esplendorosas? Será que festa de entidade ou orixá precisa mesmo desse luxo todo, deixando, às vezes, um local sagrado como um templo umbandista mais parecido com uma ala de escola de samba, onde todo mundo fica "fantasiado"? Esse colorido todo não facilita a indução à mistificação, ou no mínimo, ao animismo, já que o médium que gastou tanto dinheiro com toda essa parafernália, não vai querer deixar tudo aquilo guardado? Ou será que os guias, que sempre foram exemplos de humildade e simplicidade, é que são (ou estão ficando) cada vez mais vaidosos (o que não acredito)? Irmãos-de-fé, filhos da nossa amada Umbanda: apesar do respeito às diferenças, certas questões poderiam e deveriam ser melhor estudadas ou revistas pelos seguidores do Mestre Oxalá, afinal de contas, a Umbanda veio para dar espaço a todos os filhos do Pai Celestial, principalmente aos simples e humildes (encarnados e desencarnados), muitas vezes não aceitos em outros segmentos religiosos. Com toda essa parafernália utilizada atualmente, como os mais necessitados se encaixarão, já que muitos não podem comprar uma “roupa de Exu”, que muitas vezes, custa mais do que eles ganham por um mês de trabalho? Lembremos que o brilho que devemos mostrar não é no luxo da vestimenta, ou seja, o lado externo, pois tudo isso é ilusório, já que roupa não tem força espiritual. O que realmente importa é a essência divina que existe em cada um de nós, filhos de Deus (encarnados e desencarnados). Esse brilho, que brota no âmago do ser é que deve ser mostrado e melhor ainda, doado, a todos aqueles que necessitam. Isso sim agrada ao Pai, aos orixás e seus Falangeiros de Luz.
SP. 19/01/2007
Sandro da Costa Mattos
APEU - Associação de Pesquisas Espirituais Ubatuba
Templo de Umbanda Branca do Caboclo Ubatuba.
www.apeu.rg.com.br

"DE OLHOS FECHADOS"

por Shiná-Ti Aru


Sentado ali em frente de seu congá, o velho pai de santo relembra com surpreendente nitidez a sua infância e seu primeiro contato com a espiritualidade.
Nitidamente ele se vê na tenra infância a brincar sozinho no amplo quintal da casa de seus pais. Lembra-se que alguma coisa o fez olhar para as nuvens e que, diante dele, uma estranha imagem se formou: um velho sentado ao redor de uma fogueira e um menino a ouvir-lhe estórias.
De alguma maneira o menino ao ver aquela cena sabia que se tratava dele mesmo.
O tempo passou e a cena jamais esquecida e também jamais revelada, o acompanha em sonhos e lembranças. Cresce e acaba se tornando médium umbandista.
Aos poucos vai conhecendo seus guias que vão tomando seu corpo nas diversas "giras de desenvolvimento". Primeiro o Caboclo, que lhe parece muito grande e forte; depois os demais, até que, ao completar 18 anos, o seu Exu também recebe permissão para incorporar.
Já não é mais médium de gira. A bem da verdade, ocupa o cargo de pai pequeno do terreiro. Percebe que não tivera uma adolescência como a da maioria dos jovens que lhe cercam na escola. Não vai a bailes, festas... Dedica-se com uma curiosidade e um amor cada vez maior à prática da caridade.
Os anos passam e acaba por abrir seu próprio terreiro. Inúmeras pessoas procuram os seus guias e recebem sempre um lenitivo, uma palavra de consolo e esperança.
Foram tantos os pedidos e tantos os trabalhos realizados que já perdera a conta. Viu inúmeras pessoas que declaravam amor eterno pela Umbanda se afastarem criticando o que ontem lhes era sagrado porque alguns pedidos não haviam sido alcançados na plenitude desejada...
Presenciou pessoas que, vindas de outras religiões, encontravam a paz dentro do terreiro. Este, era mantido a duras penas já que nada cobrava por trabalhos realizados (dai de graça o que de graça recebestes).
Solteiro permanecia até hoje pois embora tivesse várias mulheres que lhes foram caras, nenhuma delas suportou ficar ao seu lado. Para ele, a vida sacerdotal se impunha a qualquer outro tipo de relacionamento. Mesmo assim, amava todas aquelas que lhe fizeram companhia em sua jornada terrena.
Brincava o velho pai de santo, quando lhe perguntavam se era casado... Respondia bem humorado que se casara muito cedo ainda menino. A curiosidade dos interlocutores quanto ao nome da esposa era satisfeita com uma só palavra: Umbanda. Este era o nome de sua esposa.
Com o passar do tempo a idade foi chegando. Muitos de seus filhos de fé seguiram seus destinos, vindo a abrir, eles também, suas casas de caridade. O peso da idade não o impede de receber suas entidades e ainda ecoa pelo velho e querido terreiro o brado de seu Caboclo; o cachimbo do preto velho perfuma o ambiente, a gargalhada do Exu ainda impressiona, a alegria do Erê emociona a ele e a todos... Enfim, sente-se útil ao trabalhar.
Hoje não tem gira, o terreiro está limpo, as velas estão acesas e tudo parece normal. Resolve adentrar ao terreiro para passar o tempo. Perdera a noção das horas. Apura os ouvidos e sente passos ao seu redor. Percebe que alguém puxa pontos e o atabaque toca. Ele está de frente para o congá. O cheiro da defumação invade suas narinas... Seus olhos se enchem de lágrimas na mesma proporção que seu coração se enche de alegria. Estranhamente, não sente coragem ou vontade de olhar para trás... apenas canta junto os pontos. Fixa as imagens do altar, fecha os olhos e ainda assim vê nitidamente o congá, parece que percebe o movimento do terreiro aumentar vira de costas para o congá e a cena o surpreende:
Vê Caboclos, boiadeiros, pretos velhos, marujos, baianos, erês e toda uma gama de Guias. Até os Exus e Pomba Giras estão ali na porteira. Se dá conta que os vê como são - não estão incorporados, todos lhes sorriem amavelmente.
Dentre tantos Guias percebe aqueles que incorporam nele desde criança. Tenta bater cabeça em homenagem à eles mas é impedido. O Caboclo, seu guia de frente se adianta e lhe abraça, brada seu grito guerreiro sendo acompanhado pelos demais.
* O velho pai de santo não agüenta e chora emocionado...
* As lágrimas lhe turvam a vista. Ele fecha seus olhos e ao abri-los, todos os guias ainda permanecem em seus lugares, porém calados...
* Nota uma luz brilhante em sua direção. Iansã e Omulu se aproximam. Seu Caboclo os saúda e é correspondido.
* A luz o envolve. Já não se sente velho, na verdade sente-se jovem como nunca, seu corpo está leve e levita em direção à luz. Todos os guias lhe fazem reverência.
* O terreiro vai ficando longe envolto em luz... Sorri alegre, missão cumprida...
* No dia seguinte encontram seu corpo aos pés do congá.
Parece que sorri...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Evangélicos x Espíritas - O que as lideranças mostram para nós?

Publicado em 06/04/2010 pelo(a) wiki repórter LuisRio, São Luis-MA
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=22593

Luis Rio

Sou católico, fui batizado nessa religião, frequento as missas com alguma assiduidade, conheço o pároco da igreja de meu bairro, sou enfim um camarada normal e sinceramente jamais me senti culpado por ter uma imagem de Nossa Senhora em minha casa, honestamente não creio que isso me torne um idólatra e muito menos que isso incomode o "filho dela". Mesmo sendo católico, não vejo motivo para atacar pessoas de outras religiões, qualquer que seja.
Tenho grandes amigos na religião evangélica e realmente não tenho nada contra estes, vejo muitas coisas positivas em seus seguidores, mas ao longo dos anos tenho visto algo que me chama a atenção, é o ataque dos evangélicos (visto em muitos programas de TV) aos que seguem o espiritismo. Acho isso fácil de compreender uma vez que, para os Evangélicos, a simples devoção dos católicos aos santos já é considerada um pecado. Imagine-se então os conceitos espíritas, um choque sem dúvida.

Não vou dissertar aqui em favor da razão de uma ou outra que seja, pois quanto aos "grandes mistérios", prefiro assumir minha ignorância e confiar que Deus esta muito mais atento para as nossas atitudes e nossos valores morais do que para a religião que seguimos. Porém, tem algo não podemos deixar de observar que é o fato de que, ao longo desses anos, temos visto a maioria das lideranças evangélicas se tornarem pessoas verdadeiramente milionárias, donas de patrimônios incalculáveis, templos de grandeza e luxo impressionantes são erguidos da noite para o dia e por coincidência (ou não), acompanhamos escândalos diversos (que certamente não precisarei citar), recaindo sobre muitos desses lideres de moral claramente duvidosa.

E quanto aos lideres espíritas? O que estes têm ganhado com suas convicções religiosas? Tenho em mente alguns lideres daquela religião, mas citando apenas dois dos principais para eles, que seriam sem dúvida Chico Xavier e Bezerra de Meneses. O primeiro tem uma historia de muitos mistérios sobre psicografias e polêmicas visões de espíritos em sua volta, visto como um charlatão por muitos, mas tido pela grande maioria como uma pessoa realmente iluminada, que trouxe conforto a muitas famílias, principalmente aos pais que tiveram a partida prematura de seus filhos (que parecem ter sido os que mais procuravam conforto nele) e que buscavam algum consolo naqueles possíveis contatos espirituais. Seja qual for a verdade, não se pode discutir o fato de que ele levou uma vida modesta e sem luxo algum, até o seu ultimo suspiro em 2002. O segundo era um nordestino que foi com sacrifício estudar no Rio de Janeiro e lá se formou em medicina, seguindo também a carreira política durante algum tempo e apesar de ter sido médico e político, morreu no ano de 1.900 completamente pobre (a ponto de ter sido necessário uma cota entre os amigos para bancar seu sepultamento) e ficou conhecido em seu tempo por defender os escravos, por dispensar muitas vezes o pagamento de consultas médicas aos pobres que não podiam pagar por estas. Enfim, jamais teve benefícios financeiros em função de suas crenças ou pregações religiosas.

Afora isso, não me recordo de algum líder espírita ter ficado milionário em nenhum momento da historia, desta forma peço antecipadamente perdão aos que porventura venham a se ofender, mas saindo do foco das teorias religiosas e permanecendo apenas nas inspirações das respectivas lideranças, moralmente falando, que lideres melhor representam as idéias e conceitos de Deus e do próprio Cristo? Os evangélicos ou os espíritas? Acho que vale a reflexão.

mediunidade

(texto postado na lista do blog povo de aruanda, desconheço a autoria)

Quem se detém a estudar às obras espíritas, sejam Kardecistas ou umbandistas, conclui que a totalidade dos autores afirma, categoricamente, que os médiuns completamente inconscientes são casos raros, raríssimos, sendo que muitos defendem a mediunidade consciente como perfeitamente cabível nos trabalhos de Umbanda e outros (como Matta e Silva, por exemplo), não admitem o médium consciente total, exigindo, para uma incorporação autêntica, a semi-inconsciê ncia, onde o aparelho fica como que aturdido e sem forças para intervir naquilo que a Entidade está querendo dizer.
O fato é que este ponto é um problema muito delicado para a prática da mediunidade, pois, só com muita experiência, conseguimos fazer com que o nosso psiquismo não interfira no trabalho dos guias e protetores, principalmente quando o médium está lidando com pessoas de suas relações mais chegadas, ou com parentes seus. Tirar a cabeça do médium dos trabalhos do Guia é, justamente, uma das coisas mais difíceis de se conseguir, quando se é novato, pois sempre acarreta dúvidas e preocupações, mormente naqueles que receiam o fantasma da mistificação.

O mais engraçado é que pouquíssimos têm a coragem e a decência de se confessarem conscientes ou, pelo menos, semi-inconscientes querendo todos passar por médiuns mecânicos ou inconscientes totais, o que a meu ver, já é uma prova de deslealdade incompatível com o verdadeiro sacerdócio da missão mediúnica, na sua acepção mais profunda. Eu mesmo, quando comecei na Umbanda, mantive a idéia, plenamente enraizada, de que mediunidade era sinônimo de “inconsciência” na hora do transe mediúnico.

Quando comecei a sentir as primeiras vibrações de aproximação das Entidades, entrei em verdadeiro ESTADO DE PÂNICO, simplesmente porque, comigo, não estava acontecendo, aquilo que todos em minha volta afirmavam: que eram médiuns inconscientes.

Mas não há mal que não traga um bem. Comecei a desconfiar que TODOS não fossem tão inconscientes assim, quando, em mim, a consciência estava bem presente e firme.

Só havia um recurso: estudar o assunto.

Foi o que fiz, com vagar, com persistência e paciência.

Hoje, com uma apreciável bibliografia à minha disposição, posso afirmar COM AUTORIDADE, “que todos aqueles que se diziam “inconscientes totais” estavam “mentindo”, não sei com que intuito. A mediunidade mecânica, inconsciente, em que o aparelho ficam como se estivesse em sono profundo é extremamente raro no mundo inteiro, contando-se nos dedos aqueles que, verdadeiramente, o são.

Na verdade, o que se passa no chamado “desenvolvimento” (palavra inadequada) é que as Entidades “tomam o médium” em três fases distintas, a saber:

1º) – Domínio das faculdades sensoriais;

2º) – Domínio das faculdades motoras;

3º) - Domínio das faculdades psíquicas.

As primeiras manifestações são sensoriais, isto é, o médium começa sentindo “algo de estranho”, mãos geladas, braços e pernas dormentes, frio na espinha, na cabeça, na boca do estômago, etc. É a atuação das Entidades sobre os plexos nervosos, como primeiro sinal de sua aproximação.

Em seguida, as Entidades passam a dominar as “faculdades motoras” e o médium sente impossibilidade de desfazer certos gestos e atitudes que ele tomou SEM SABER PORQUE, mas que não “tem forças” para impedir. Quando um Caboclo DE VERDADE prende o braço esquerdo do médium nas suas costas, imóvel, horas e horas, ou quando um preto velho verga as pernas do médium, este não sabe porque, mas obedece, embora esteja “consciente” de que está fazendo aquele gesto ou tomando aquela atitude.

São as suas faculdades motoras que, secundando as manifestações sensoriais estão sendo “tomadas” CADA VEZ MAIS PELA Entidade, à medida que o seu organismo se prepara para a missão mediúnica.

A última faculdade a se entregar ao domínio dos Guias e protetores é, justamente, o psiquismo do médium, a sua consciência, a sua “guarda” para tudo de estranho que está acontecendo com ele. Quanto mais culto o aparelho, maior a sua resistência a entrega do seu psiquismo `atuação das Entidades de incorporação.

Em primeiro lugar, vem o natural e louvável auto-policiamento do médium que, quanto mais bem intencionado estiver, mais receoso ficará de estar sendo tomado por sugestões neuro-anímicas motivadas pelo ambiente dos terreiros. Quanto mais ele se auto-policia, mais o seu psiquismo interfere, fazendo com que a Entidade que se aproxima só consiga tomar 20% ou 30% da sua vontade. É por isso que todo médium, seja qual for, começa muito anímico, com 10%, 20% ou 30% de incorporação ,e conseqüentemente, com 90%, 80% ou 70% de interferência do seu próprio “eu” nos trabalhos do Guia. Só com o tempo (muito tempo), à medida que o médium vai tomando ciência do “sucesso” dos trabalhos do seu Guia, é que as suas resistências psíquicas vão se quebrando e ele começa, então, a progredir na escala de incorporação, muito temo ainda, com 40% ou 50% do seu psiquismo "Fora do ar"” Os grandes estudiosos do assunto consideram 50% uma "boa incorporação”, o que nos leva a concluir que a coisa é muito ‘seria mesmo. De 50% para cima o médium vai se apagando numa espécie de “aturdimento” crescente com a porcentagem de incorporação conseguida, isto é, de domínio da Entidade sobre o seu psiquismo. Os grandes médiuns, que trabalham com ótimos Guias e dão boa passividade, ficam na faixa dos 70%, chegando, às vezes, aos 80%. Jamais passam de 80%.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mensagem de um guardião

— Firma o seu pensamento cabra porque esta noite o “pau vai quebrar”!
Tal foi a determinação que escutei mentalmente instantes antes de dormir. Nem pensei duas vezes e obedeci, mas devo confessar que me assustei mesmo assim quando despertei e me vi no meio de uma região de mata onde estava acesa uma enorme fogueira; junto de mim havia vinte e cinco médiuns que percebi serem encarnados pela presença de um cordão de prata junto a cada um deles.
No comando de todos nós havia um espírito que eu intuitivamente tinha a convicção de ser um Exu. Foi ele, inclusive, quem determinou que déssemos as mãos em torno da fogueira e formássemos uma roda para, posteriormente, nos falar nestes termos:
— Camaradas, nós todos estamos presentes em uma região de mata do plano físico e em volta de uma fogueira também acesa no mesmo plano. É vital que todos vos, de olhos abertos, firmem suas visões nestas chamas e peçam a Deus a vossa entronização com a energia ígnea.
Enquanto o exu passava as determinações eu estava desesperadamente tentando entender quem, àquela hora da noite, ateara aquelas chamas no plano físico, mas ele enquanto falava dentro da roda veio caminhando em minha direção e resolveu parar diante de mim para dizer:
— Não importa quem acendeu a fogueira, o importante é que ela está acesa assim como também não importa como vocês vieram parar aqui, pois o importante é que vocês aqui estão.
O Exu dissera estas últimas palavras enquanto olhava para todos, mas fiquei desconcertado por sentir que ele falava para mim. Ele, então, continuou:
— Muitos precisam ver para crer, outros vêem e julgam inacreditável. Muitos se julgam aptos sem a devida preparação enquanto outros se julgam despreparados apesar de estarem aptos. E todos estes exemplos que estou lhes passando representam de uma forma ou de outra, o caso de cada um de vocês aqui presentes.
Devo confessar que não estava entendendo precisamente o que o Exu estava querendo dizer, mas ele continuou:
— O Divino Criador, cuja soberana vontade se faz presente em todas as coisas também faz com que nenhuma folha caia da árvore se não for da justa e sábia vontade Dele e é por isso que vos falo que todos que aqui estão aqui se encontram por estarem preparados e não por serem perfeitos, vocês entendem?
Todos nós balançamos a cabeça afirmativamente e o guardião continuou:
— Assim vos falo porque não quero nenhum cabra deslumbrado com a tarefa de hoje, assim como também não quero ninguém “borrando nas calças” e é por isso que, onde posso e vocês mereçam, estarei vos esclarecendo agora: saindo daqui nós iremos para uma edificação no baixo-astral que precisa ser destruída e, para tanto, contamos com o auxilio das vibrações superiores de vocês. Estou sendo claro?
Todos nós balançamos novamente a cabeça de forma afirmativa e o Exu prosseguiu:
— Sentem-se no mesmo lugar que agora estão numa posição confortável e concentrem-se, desta vez de olhos fechados, na divina energia ígnea, pois enquanto isto vos estarei preparando para que vossos corpos mentais me acompanhem na tarefa da noite.
Procurei executar o que nos fora recomendado e, depois que o guardião trabalhou em minha fronte, algo incrível ocorreu por que eu passei a me sentir infinitamente mais leve como se eu tivesse dormido em espírito e acordado de novo, é estranho de dizer, mas parecia que eu era pura e simplesmente o meu pensar, o meu pensamento; outra coisa interessante de comentar é que eu me encontrava sem nenhuma gota de suor pelo corpo e, entretanto, eu me sentia como se fosse uma centelha do fogo da misericórdia divina e relato isso a vocês porque parecia que o meu corpo ardia em chamas invisíveis sem que eu sentisse o mínimo de calor; entretanto, era só eu pensar em amor, caridade e fraternidade que meu corpo se incandescia ainda mais, enfim, naquele estado em que eu estava parecia que amar o próximo e fazer o bem era a coisa mais prática e fácil do mundo.
De repente fomos todos direcionados para uma localidade onde o ar era pesado, úmido e mal-cheiroso como esgoto. Chegamos a um bairro onde as casas possuíam um aspecto asqueroso e os moradores destas uma energia pessoal vil e repugnante. Havia muitas sombras neste local e caminhávamos entre elas; então, alguns minutos depois nós paramos de frente a um edifício de dez andares em que só pelo fato de encará-lo eu misteriosamente sentia todo aquele ardor dentro de mim diminuir intensamente, já estava começando a me desequilibrar quando senti o guardião a se comunicar mentalmente comigo:
— Controle o seu emocional cabra!!! Mantenha o equilíbrio ou você se perderá!!!
Perder-me? Não quis nem saber o que significava o que o exu acabara de me dizer e procurei mentalizar fervorosamente na fogueira que estava diante de meu corpo astral lá no plano físico e na divina energia ígnea equilibradora inundando o meu ser. Percebi o calor tornar a me aquecer com toda a intensidade e foi quando o Exu tornou a se comunicar, só que desta vez com todos nós:
— Ok cabras, percebi que todos vocês conseguiram eliminar a curiosidade de dentro de si e retomarem o equilíbrio em vossas consciências. Isto será muito importante na realização da tarefa que eu e meus companheiros temos a desempenhar.
Interessante é que foi somente nesta hora, enquanto o Exu falava, que eu notei a presença de trinta e dois Exus aguardando o guardião que estava nos servindo de ‘guia’ até aquela macabra localidade.
Recebi a permissão destes Exus e narrarei para vocês como se deu esta ação deles a favor da caridade:
O prédio que seria destruído era como eu disse antes: tinha uma energia tão desgraçada que eu só poderia definir como absorvedora, inclusive fora esta propriedade do prédio que absorvera boa parte de meu calor quando eu havia me desequilibrado momentaneamente minutos atrás.
— Calor não zifio: ectoplasma, energia vital.
Tal foi a resposta mental que um espírito militante da linha dos preto-velhos e que me acompanha no ritual de umbanda oferecera para mim
— Verdade? Perguntei a ele.
— Certamente. Esta energia aqui para eles vale infinitamente mais que ouro. Agora, por caridade, continue a narração dos trabalhos que nossos irmãos exus estão realizando!
— Sim senhor, perdão!
Quanto ao prédio é só isso que pude perceber energeticamente, já a explosão, por sua vez, deu-se da seguinte forma:
O Exu que nos guiara até ali determinou que todos nós déssemos as mãos e ficássemos fazendo orações e, antes que ele e seus companheiros fossem realizar o trabalho, aproximou-se de mim e de outra médium que se encontrava ao meu lado esquerdo para encostar em nossa testa algum tipo de cristal de rocha que não pude precisar o que era por estar de olhos fechados; após este procedimento ele disse a nós dois:
— Vocês permanecerão aqui onde estão, mas também me acompanharão para conhecerem um pouco deste nosso trabalho aqui embaixo.
Devo confessar que o que eu via era tão fantástico que beira o surreal: os exus entraram no prédio em questão e eu conseguia ver tudo aquilo que o exu que encostou o cristal de rocha em minha fronte conseguia ver, era como se acima da cabeça dele houvesse uma micro câmera que me permitia visualizar tudo o que ele enxergava sem que eu precisasse sair do lugar onde estava, qual seja, na frente do referido edifício de mãos dadas com meus irmãos de jornada.
Foi assim que pude ver quando ele subiu no décimo andar daquela edificação e começou a instalar no canto esquerdo posterior alguma espécie de bomba programada que tinha a coloração rubro-alaranjada. Enquanto ele e mais dois exus realizavam esta tarefa, os demais realizavam a parte operacional dela. Devo informar também que naquele andar havia por volta de vinte salas e dentro de cada uma delas entes trevosos fomentadores de pedofilia e vampirizadores de pedófilos. Na sala de número 180, por exemplo, havia um homem branco, calvo, com aproximadamente quarenta anos de idade que tinha à sua cabeça acoplado um capacete que incitava infernais desejos carnais neste pela sua enteada de onze anos de idade e eu sei disso por que as imagens que eram sugeridas a este homem passavam sucessivamente numa espécie de TV. Este homem encontrava-se sentado junto com mais outros treze que também deveriam estar passando pelo mesmo processo de hipnotização.
No andar imediatamente inferior a este que estávamos, após o Exu ter plantado outra bomba no local análogo ao andar superior, eu pude ver na sala 161 quatorze espíritos deitados em uma cama e que tinham aderidos aos seus corpos uma espécie de fio transparente que retirava uma substância que, por sua vez, desembocava em um tipo de recipiente de cristal translúcido de 0,5 litros.
Os exus foram descendo até o térreo da construção e, à medida que isto ocorria, eles implantavam as bombas e eu via um festival de atrocidades inenarráveis e tão bestiais que, tanto eu quanto minha companheira, tínhamos que nos esforçar bastante para não nos desequilibrarmos através das lágrimas de uma sincera compaixão que teimava em descer por nossos rostos.
Terminada esta tarefa o Exu me explicou que todas aquelas pessoas que eu via acopladas a algum tipo de aparelho eram encarnados momentaneamente libertos do corpo físico pelo momento do sono. Esclareceu-me, ainda, que aguardariam até que o último dos encarnados deixasse aquela construção para que as bombas fossem detonadas.
Quando aquelas bombas começaram a explodir eu percebi que elas só poderiam ser mágicas e explico por que: quando uma bomba explodia, eu via junto com as chamas, milhões de pequenas “fadas” de fogo que se alimentavam de tudo em que tocavam, quanto mais maldades elas devoravam, mais alaranjadas elas ficavam.
O prédio caiu e quando isto ocorreu nós, os médiuns encarnados ali presentes, já estávamos de volta ao nosso corpo astral diante da fogueira acesa no plano físico. Milhões de perguntas já fomentavam em minha mente quando o Exu novamente se pronunciou:
— Gostei de ver, cabras!!! A ajuda de vocês foi valiosa e prestimosa!!! Vocês acabaram de nos ajudar, com as bênçãos e permissão do Divino Criador, a derrubar uma edificação numa cidade do baixo-astral. Sem a ajuda, principalmente, da energia e boa-vontade de vocês, médiuns encarnados, nós não teríamos meio de fabricarmos as bombas que para destruir estes tipos de construção precisam desta energia. Outras coisas não devemos falar porque não temos permissão, mas o que nós devemos fazer nós assim o faremos que é agradecer a boa vontade de todos vós para com a prática do bem.
Mesmo sabendo que talvez não devesse, levantei o meu dedo indicador e o guardião, ao avistá-lo, determinou:
— Solta a língua cabra!!!
— Você me desculpe senhor exu! Entendi que os senhores acabaram de realizar um tipo de trabalho contra a pedofilia, entretanto, será que não existem outros prédios funcionalmente similares a este hoje destruído onde aqueles espíritos encarnados que tinham fios acoplados em seus corpos continuarão a ser submetidos às mais terríveis atrocidades?
— Cabra, nós acabamos de vencer uma batalha, mas a guerra ainda é longa! Além do mais você pensa que nossa ação desta noite foi em beneficio daqueles que, como você mesmo disse, estavam presos a fios? Pois você está enganado, cabra!!! Saiba que se não existissem seres humanos como àqueles estes tipos de construção do baixo-astral talvez nem existissem, pois são eles mesmos que oferecem condições e materiais para a edificação destes antros de maldades; são eles os invigilantes e os imprudentes!!!
Tentei levantar novamente o indicador, mas o guardião nos disse:
— O tempo de vocês acabou cabra!!! Vocês devem retornar agora para o corpo físico, mas antes posso lhes oferecer mais um breve esclarecimento: Sim cabras, a ação desta noite foi em beneficio das criancinhas e posso vos afirmar que nunca mais um destes anjos de Deus tão admirados por Jesus será direta ou indiretamente afetado por aquele antro de perversidades que detonamos esta noite. A explosão desta construção voltada para o mal deveria acontecer seis meses à frente, mas as milhões de preces fervorosas de várias das mais diversas denominações religiosas ao Divino Criador pedindo que Ele elimine a maldade contra as crianças no mundo, aliada ao merecimento de cada um, catalisaram a misericórdia Dele fazendo com que Ele acabasse por determinar que destruíssemos o prédio de hoje a noite. Vocês entenderam?
E eu, tremendamente emocionado, juntamente com meus irmãos de jornada, respondi:
— Sim senhor!!!
— Então vão e reassumam o corpo físico de vocês agora mesmo, pois esta é a vontade do Divino Criador, só não esqueçam de pedir a todos os seus irmãos de fé que continuem a orar pedindo as bênçãos de Deus em favor não só de vocês, mas de todos os necessitados no mundo, pois todos vocês puderam comprovar esta noite que nenhuma prece dirigida a Ele com sinceridade, equilíbrio e amor deixa de ser respondida!!!
Este Exu vos agradece por terem deixado todas as vossas misérias e más tendências momentaneamente de lado em prol da caridade e roga a Deus que ajude tanto a vós quanto a nós a fazermos desta bendita abnegação uma constante em vossas vidas!!!

Fonte: http://www.pedrorangelsa.blogspot.com/
Texto escrito pelo irmao: Pedro Rangel de Sá